14 de março de 2013

Que rumo?


Como alguns de vocês sabem, desde o ultimo trimestre do ano passado que o meu dia-a-dia passa por percorrer Lisboa de metro e autocarro para chegar ás aulas.
Já há algum tempo que venho a constatar isto e ontem de manha uma vez mais o pude constatar.
Cada vez mais,e de dia para dia, existem menos pessoas a circular nestes transportes. De manha bem cedo levo 25/30 minutos de autocarro a chegar à capital e o mesmo quando regresso a casa, se há tarde não é tão notório pois os autocarros abundam de estudantes que, como eu regressam a casa, de manha posso dizer-vos que os autocarros por vezes nem passam da metade da lotação disponível.
Os metros que outrora eram verdadeiras sardinhas em lata, agora é possível mexer-mo-nos e, tal como nos autocarros, também estes em hora de ponta se encontram despidos.
Se isto poderia ser notório apenas durante as férias universitárias, desenganem-se, é  notório antes e após as mesmas.
Eu percorro todos os dias duas linhas de metro, uma delas é um grande ponto comum e zona conhecida por albergar inúmeras empresas e zona de serviços. Ao trocar de linha cruzo-me todos os dias com gente vinda da zona sul (do outro lado do rio) e de dia para dia tem vindo, também, a  diminuir o fluxo.
Dou-vou um exemplo muito práctico, recentemente fui mostrar a zona do Marques de Pombal a uma colega e cadê as pessoas?! Pois, eram poucas as que se viam na rua, apenas alguns turistas. Rua Castilho, Braamcamp, zona do parque, etc tudo vazio. E vos garanto que frio não era certamente.
Todos estes factos levam-me cada vez mais a reflectir. Onde estão as pessoas? A primeira ideia que me vem à cabeça é a possibilidade de os empregos que as mantinham diariamente em movimento e davam vida a determinados pontos citadinos, já não existirem. E isso assusta-me! Assusta-me pensar no rumo que isto está a tomar. Assusta-me pensar no futuro incerto. E não posso deixar de pensar um pouco também na minha vida e das minha colegas, pois daqui a poucos meses estamos no mercado, numa área polivalente, mas também uma das que por um lado se vai aguentando por outro é das mais afectadas com os sucessivos fechos das empresas. E penso se vale a pena aqui andar.
Assusta-me pensar nos problemas que isto acarreta ás pessoas e ás suas vidas. Assusta-me por um sem número de razoes, pura e simplesmente assusta-me. E leva-me a questionar outro sem número de razões, tais como o quão fidedignos são os dados que constantemente avançam  e recuam, avançam e recuam, qual gente louca, de que as coisas estão a melhorar, que está a ser gerado emprego.
Afinal para onde ruma o país e a economia?

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