20 de maio de 2015

Paixão para mim... Tédio para ti...


Podia ser o titulo de algum filme ou livro. O titulo do post de hoje recorda-me aquele filme muito conhecido dos anos 90 com a Lindsay Lohan, "Mãe para mim, Pai para ti". Mas o tema é outro.

Desde que me lembro gosto de história. 
Não sei bem quando começou essa adoração, se terá sido ainda no primeiro ciclo. Por volta do terceiro ou quarto anos, a professora tinha um livro de história de Portugal de forma resumida, para iniciar a criançada na disciplina, e todas as semanas lia-nos um pouco e eu imaginava a guerra de D. Afonso Henriques contra a mãe e o avô, D. Henrique e D. Sebastião... 
Ou se foi já no quinto e sexto ano, onde a professora tentava cativar-nos com mini teatro com direito a coroas e tudo. Não sei mesmo onde terá começado. 
Era a minha disciplina favorita, enquanto a maioria torcia o nariz. Eu não. Eu adorava e chegava ao ponto de nos testes fazer as ligações familiares quando respondia ás questões. 
Com o tempo fui começando a gostar de uma veia especifica de História, História de Arte.
Ali pela altura do oitavo ano, demos os movimentos artisiticos e arquitetonicos, sobretudo o renascimento e foi aí que me apaixonei a sério. Passei a adorar tudo o que com história de arte estava relacionado e o movimento renacentista em especial. 
Nessa altura comecei a pensar em seguir história, para leccionar ou seguir arqueologia, outra grande paixão.
Tenho a dizer-vos que mais de metade das professoras (ao longo de todo, mesmo todo o meu percurso escolar) que apanhei não cativavam nada e faziam as suas aulas parecer grandes secas! E claro, ninguem gosta de aulas assim, e confesso que tive alturas que fui do 8 aos 80 e só não adormecia nessas aulas porque... enfim.
No secundário voltei a estudar história mas de uma forma superficial e detestei (!) tudo aquilo de que gostava era o oposto do que tinha que focar, de nada valia aprofundar isto ou aquilo ou tão pouco a professora o profundava e claro, perante o tédio das minha colegas era para esquecer e nem ela se atrevia. E arte nem vê-la!!
Acabei por não seguir história, pois no que a arqueologia diz respeito em Portugal temos muita falta de apoio e claro leccionar é para esquecer. Definitvamente, Portugal é um país onde não se quer ser professor.
A paixão continuou ao longo dos anos. E não era só historia no geral, mas sim historia de arte e tambem arte sacra. 
 Desde que me lembro o professor José Hermeno Saraiva era uma referencia e não perdia pitada dos seus programas. Se está a dar um documentário relacionado com história o mundo pára. Adoro biografias, filmes, documentários ou livros com contexto histórico. E aqui entram mais uma quantas ciencias como os seus comportamentos, enquanto individuo e sociedade, os seus comprotamentos, a evolução ao longo dos tempos e as ideias defendidas, etc, etc , etc 
Sim, eu sou daquelas pessoas que é capaz de ficar horas a admirar um painel de azuleijos, uma altar entalhado, a traça de um edificio ou ficar com dores no pescoço por olhar para os frescos de um tecto.
Sim, eu sou daquelas pessoas que é capaz de chorar perante a beleza e toda a técnica necessária presente em algumas coisas.

No outro dia estava a pensar e percebi que há coisas na vida com que não vivo satisfeita. Uma dessas coisas é a história. Estou a pensar tirar uma formação em história de arte, quanto mais na seja para realização pessoal e poder aprender e aperfeiçoar mais conhecimentos.

2 comentários:

  1. Ai que até que enfim que encontro alguém que gosta de algo passado... :-)
    Eu gosto de história talvez desde... sempre... leio imenso sobre tudo, mas mesmo t-u-d-o... :-)

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    1. Patricia, é exactamento isso.
      Quando há algo com o tema, tudo pára e é ali que queremos estar.
      Ainda bem que há mais gente assim :) É tão raro encontrar alguem com o mesmo gosto e interesse.

      Beijinho

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